Talvez esta produção ao longo de mais de 6 décadas ainda pareça escassa aos que reparam na brevidade dos seus livros e textos mais criativos, ou aos que julgam e jogam na extensão ou na quantidade. Ora, Eugénio jogou sempre no rigor e na qualidade, também da sua prosa, de cuja excelência poucos se têm dado conta, mas em especial dos seus poemas. Ele que rejeitou e retirou da sua bibliografia os seus primeiros livros, por os julgar ingénuos ou fáceis, em vários textos e em várias circunstâncias aludiu ao tempo e ao trabalho que - consciente dos perigos e das dificuldades do seu ofício, ou intimamente

comprometido com a sua missão de poeta - investia, até em poemas brevíssimos, na arte dos seus versos, que para ser fecunda devia imitar a “arte” da camponesa dos arredores de Cantão ou de Alpedrinha (freguesia vizinha da sua Póvoa): “mão certeira / com a água, / intimidade com a terra, / empenho do coração”.

A participação na atividade é gratuita. Inscrição através do preenchimento do formulário.

Limite de 30 participantes. + info mdc.educativo@cm-porto.pt. ou (+351) 226 057000.